Inside

O nosso poder pessoal.
A essência que faz de nós deuses com os Deuses.
Hoje encontrei-me com pessoas com um nível de consciência poder-se-ia chamar mais presente e desenvolvido, sem que o mais os coloque num nível superior. Onde tu percebes que existe um contacto privilegiado com a essência, com o seu poder pessoal. Neste contacto consigo perceber a plenitude da presença e da totalidade. Funciona para mim como uma espécie de alavanca na minha própria caminhada. E faz-me também perceber o quando posso dispersar e perder-me na encruzilhada desta vida.
Neste encontro com pessoas, vibraram algumas coisas cá dentro que quero partilhar:
- O acesso à luz faz-se de cada vez que conseguimos aceder a
este tesouro que temos dentro e que tão simplesmente se deixa encontrar por
permanecer de porta aberta e escancarada, disponível e disposto a ser
encontrado. O nosso poder pessoal. A essência que faz de nós deuses com os
Deuses.
- A compaixão é a filosofia de vida que nos aproxima da
plenitude. Esta capacidade de ser para fora de mim, onde o que mais importa é a
mensagem que quero passar, é o outro e a sua plenitude. E que quando sou
compassivo com o outro não sou mais do que um canal de passagem e um fio
condutor de algo que se quer manifestar que é muito maior do que eu.
- Quanto mais centrada estou em mim mesma mais sofro por nunca
conseguir ser perfeita o suficiente. Se o meu objetivo é levar algo de mim para
o outro, para que ele possa usufruir da verdade que em mim se manifestou, não é
comigo que tenho de me preocupar, mas com o outro e com a o terreno onde a mensagem quer germinar.
Estas vibrações vieram recordar-me algo que transformou toda a razão da minha existência.
O momento em que reconheci que sou uma pessoa amada e querida, por Deus e com Ele por todo o universo e toda as criaturas. Esta certeza, esta experiência permanente, empoderou-me, fez-me mais forte e mais capaz. Fez abrir em mim a consciência da minha existência e do motivo que me faz estar aqui e agora. E de cada vez que encontro um novo ser na minha vida, que decide tornar-se presente na minha vida, torno-me missionária desta mensagem e desta experiência que se faz então presente na vida da pessoa que tenho diante mim.
Acredito plenamente que, no dia em que todos tenhamos esta certeza, de uma forma vivencial, certamente estaremos a gozar de um estado de ser que transcende todos os medos e limitações que nos colocamos tantas vezes e que refletem tão pouco do que somos.
E deixo-vos com uma lenda que hoje decidiu vir ter comigo e vibrar cá dentro:
"Conta uma velha lenda hindu que outrora todos os homens eram deuses, mas abusaram de tal modo da sua natureza divina que Brahma, o Senhor dos deuses, decidiu retirar-lhes esse poder divino e escondê-lo em lugar onde lhes fosse impossível encontrá-lo. O problema, contudo, era encontrar esse esconderijo. Brahma convocou, pois, todos os deuses menores a fim de resolver este problema, e a sugestão que eles lhe deram foi enterrar a divindade do homem bem no fundo da terra. Mas Brahma respondeu-lhes que isso não seria suficiente pois o homem escavaria a terra e acabaria por reencontrar a sua natureza divina. Então os deuses sugeriram que se atirasse para o fundo do mar a natureza divina do homem. E de novo Brahma lhes respondeu que, mais tarde ou mais cedo, o homem exploraria as profundezas do mar e a recuperaria. Os deuses menores já não sabiam que outros lugares poderiam existir, quer na terra quer no mar, onde o homem não conseguisse chegar um dia. Então Brahma disse: "Vamos fazer o seguinte com a natureza divina do homem: vamos encondê-la bem no fundo de si mesmo, pois será esse o único lugar onde o homem nunca a irá procurar."E desde esse dia, segundo conta a lenda, o homem tem percorrido e explorado o mundo, subido às montanhas mais altas e descido às grandes profundezas da terra e do mar, sempre à procura do que está dentro de si próprio."